Em depoimentos emocionados, pequenos proprietários da comunidade de Santo Antônio pediram a interferência dos deputados para que o problema seja solucionado. Foi apresentado um abaixo assinado com algumas reivindicações e os deputados aprovaram requerimentos encaminhando algumas providências.
De acordo com informações da imprensa, lidas na audiência, que não contou com a presença de representante da Vale e nem da prefeitura, o investimento da empresa é de R$ 2 bilhões, sendo que R$ 120 milhões já foram gastos na fase inicial. A Vale pretende explorar 1,6 milhão de toneladas de rocha fosfática por ano, o que vai aumentar a oferta da matéria prima, no Brasil, no próximo ano, em 34%. A previsão é de 1.500 empregos diretos no auge da produção.
A mobilização começou após a publicação do decreto municipal que desapropriava a área de 4.700 hectares. Segundo o presidente da Câmara, vereador Alberto Sanareli Júnior, um dos defensores da comunidade, a planta inicial definida em audiências públicas com os moradores e a Vale era de 830 hectares. Mas após o aumento dessa área pela prefeitura, a Câmara fez um decreto legislativo anulando a iniciativa do Executivo, o que culminou na revogação do decreto pelo prefeito Lucas Campos Siqueira.
Contudo, ainda conforme depoimento do presidente e do outro vereador presente, Joel da Silva Carvalho, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Patrocínio, o prefeito enviou à Câmara um projeto de lei em que estende o perímetro urbano da cidade, tornando-o três vezes maior do que a área atual, e incidindo sobre Santo Antônio da Lagoa Seca. O projeto foi retirado de tramitação pelo presidente da Câmara.
Fonte: Assembléia Legislativa de Minas Gerais
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