sábado, 17 de setembro de 2011

Revelado nome do assassino material de Dom Romero


Bispo auxiliar de San Salvador diz que servirá nas investigações
SAN SALVADOR (terça-feira, 13 de setembro de 2011 ZENIT.org) – O bispo auxiliar de San Salvador, Dom Gregorio Rosa Chávez, disse que a recente publicação do jornalCo Latino, sobre o assassino de Dom Romero – em processo de beatificação –, pode ser um dado a mais para investigar em profundidade o assassinato do bispo, ocorrido enquanto ele celebrava a Eucaristia na capital salvadorenha, em 24 de março de 1980.
“Li com muito interesse essas duas páginas do jornal Co Latino. Este é um tema que eu investiguei desde que Dom Romero foi assassinado e estive em contato com investigadores da Comissão da Verdade. Uns investigadores peruanos me disseram que estava quase tudo claro, exceto o nome de quem atirou”, disse.
O jornal publicou, na quinta-feira passada, que Marino Samayoa Acosta, sub-sargento da seção II da Guarda Nacional e membro da equipe de segurança do ex-presidente da república, coronel Arturo Armando Molina, foi quem atirou em Romero.
Co Latino denunciou que foi Mario Molina, filho do ex-presidente Molina, quem sugeriu o atirador. Do crime, indicou-se o fundador do partido Alianza Republicana Nacionalista (ARENA), Roberto d´Aubuisson, como o autor intelectual.
“Quem quiser chegar à verdade com poder de investigação pode fazê-lo, já há pessoas que sabem disso; essa publicação talvez permita que cheguemos ao final da investigação”, explicou o bispo. Rosa Chávez fez estas declarações durante a coletiva de imprensa habitual, no final da Missa dominical.
Dom Rosa abordou outros temas atuais, como as marchas e a possível greve dos professores, a quem pediu diálogo, com o fim de encontrar uma solução que não afete os alunos. “A greve é o último recurso”, disse.
Referiu-se também às candidaturas não-partidárias e ao voto no exterior, que podem ser elementos que oxigenem o âmbito político salvadorenho.
“Os dólares são bem-vindos, o voto não”, expressou, diante da demora em aprovar que os salvadorenhos no exterior emitam o sufrágio.
Da mesma forma, informou que, a partir do dia 19 de setembro, a Igreja Católica convocará grupos para discutir os planos de segurança e a situação de delinquência. Deles, participarão diversos setores da sociedade. Posteriormente, apresentarão às autoridades uma proposta para enfrentar os problemas.

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