Entrevista
exibida no programa Chumbo Grosso, da TV Vitoriosa, Uberlândia, de 07/02/2012, apresentado por André Silva
Desta
entrevista se conclui que tinham razão as 3 mil famílias que foram despejadas,
da área onde hoje vai ser construído um cemitério, em Uberlândia. Segundo o Procurador da Prefeitura
do Município de Uberlândia da área onde se localizará o cemitério, não se tem
certeza de quem são os proprietários: “A desapropriação é um ato jurídico, quando
não se tem a certeza de quem são os proprietários da área. O município tem de ingressar com um pedido
judicial. Então, essa desapropriação, ela é judicial. O município entendeu por
bem desapropriar uma área de 432 mil metros quadrado. Esse processo corre na 2ª
Vara de Fazenda Pública, Dr. João Elias concedeu a emissão do município nesta
área. Nós temos toda documentação. Os oficiais de justiça deram posse dessa
área ao município. E nós entregamos essa área oficialmente à Secretaria de
Serviços Urbanos, para que ela procedesse ao processo licitatório, que está em
andamento”.
Quando perguntado, pelo apresentador do programa, se a desapropriação havia beneficiado alguém, o Procurador responde:. “Me causa estranheza, Potinho. Me causa estranheza, as informações que chegam até você. Ali é um loteamento clandestino, que se iniciou em 1946. O senhor Irany Anecy, que já faleceu. Ali tem, segundo informações, mais de 300 proprietários, sabe lá quem são. Muitos herdeiros. Então, nada, nada, é uma história de 66 anos. Então, o município tem de tomar sua providência, ou seja, ocupar os espaços vazios. Então, de acordo com o Serviços Urbanos, outras secretarias, Meio Ambiente, aquela área foi propicia. Pra que? Pra que, para se instalar o cemitério em Uberlândia, de grande porte, com crematório. Atender não só a Uberlândia mas ao entorno de Uberlândia ....”
Quando perguntado, pelo apresentador do programa, se a desapropriação havia beneficiado alguém, o Procurador responde:. “Me causa estranheza, Potinho. Me causa estranheza, as informações que chegam até você. Ali é um loteamento clandestino, que se iniciou em 1946. O senhor Irany Anecy, que já faleceu. Ali tem, segundo informações, mais de 300 proprietários, sabe lá quem são. Muitos herdeiros. Então, nada, nada, é uma história de 66 anos. Então, o município tem de tomar sua providência, ou seja, ocupar os espaços vazios. Então, de acordo com o Serviços Urbanos, outras secretarias, Meio Ambiente, aquela área foi propicia. Pra que? Pra que, para se instalar o cemitério em Uberlândia, de grande porte, com crematório. Atender não só a Uberlândia mas ao entorno de Uberlândia ....”
Assim, se tratando de “uma área sem certeza de quem são os proprietários”, de um “antigo
loteamento clandestino”, com “mais de 300 proprietários, sabe lá quem são”,
como afirma a Procuradoria do Município de Uberlândia, o FALA CHICO levanta a seguinte interrogação:
A ação de reintegração de posse, expedida pelo Sr. Juiz
da 4ª Vara de Uberlândia foi para reintegrar quem na posse? As 3 mil famílias foram despejadas em
favor de quem?
Na época as 3 mil famílias, , que ocupavam essa área , que agora foi desapropriada para o cemitério, e várias organizações que os apoiam, afirmavam:
"O espólio Irany Anecy de Souza, um dos supostos donos da área, nunca tomou posse efetiva da mesma, porque rompeu com a imobiliária Tubal Vilela, tanto é que desfez a permuta irregular.
Irany vendeu centenas de pedaços dessa área para terceiros, e esses possuem matrículas dos mesmos, num loteamento chamado “Vila Jardim”, que nunca foi aprovado pela Prefeitura de Uberlândia, mas mesmo assim alguns desses pagam IPTU.
O abandono da área levou 3 mil famílias de sem terra a ocupar o local..
A decisão do despejo se baseia em documentos com indícios concretos de fraudes cartorárias. Agrava-se o fato de que na escritura juntada aos autos de n. 0320430-08.2011, uma simples conta matemática comprova a ilegitimidade do Espólio de Irany Anecy de Sousa, que vendeu quantidade de terras superior ao próprio título da área que alega ser proprietário."
Lamentavelmente, a Prefeitura sabia da justeza da luta dos sem teto, e nada fez. Pensava em cemitério ....
3 mil famílias desapropriadas para construção de cemitério!
ResponderExcluirdepois querem te convencer que os governantes não querem a sua morte!
Essa informação deve sair das redes e internet ser impressa! Para população!
ResponderExcluirE o CNJ qual a posição dele? Não teve desapropriação ilegal da região? Apresentar informações erradas para procuradoria não é crime?