No inicio do mês de Dezembro, quando João Pedro Stédilie do MST - Via Campesina, esteve no Vaticano participando de diversas atividades a convite da Pontifica Academia de Ciências. O Papa Francisco enviou um vídeo, informal, no qual se refere ao trabalho e aos membros da assembleia campesina. Por determinação do Papa Francisco, a Academia de Ciências do Vaticano foi incumbida de realizar um seminário internacional para analisar a situação, causas e alternativas dos trabalhadores excluídos no mundo. um dos encaminhamentos práticos, através da Comissão de Justiça e paz do Vaticano, é de promover em 2014, um grande encontro de movimentos populares de todo mundo, para ai, sim levar a opinião dos próprios representantes dos trabalhadores excluídos e dos movimentos sociais, sobre a temática.
Leiam abaixo a carta de João Pedro Stédile sobre esse seminário:
Caros amigos e amigas
do MST, dos movimentos sociais e das Pastorais no Brasil,
No inicio do mês de Dezembro estive no Vaticano participando de diversas atividades a convite da Pontifica Academia de Ciências. Por determinação do Papa Francisco, a Academia de Ciencias do Vaticano foi incumbida de realizar um seminário internacional para analisar a situação, causas e alternativas dos trabalhadores excluídos no mundo.
E fui convidado pessoalmente, mas evidente, em função da representatividade do MST e da Via campesina. E desta forma demonstrou o reconhecimento do Vaticano, ao intenso trabalhado que todos os movimentos sociais do mundo realizam na sua luta por uma sociedade mais igualitária.
Estavam no seminário o corpo docente da Academia que é composto por alguns professores de universidades católicas, Cardeais, membros da comissão Justiça e paz do Vaticano, e convidados especiais.
Entre os convidados estavam apenas dois movimentos socais da Argentina (Trabalhadores Marítimos, e trabalhadores catadores de material reciclável, que se chamam de Movimento de trabalhadores excluídos), que são amigos do Papa há muitos anos. E também convidaram os embaixadores no Vaticano dos principais países católicos do mundo. Lá estava também o embaixador brasileiro no Vaticano, Denis Fontes de Souza Pinto, que se disse seguidor de Dom Helder Câmara.
Como parte da metodologia histórica da Pontifica Academia de Ciências, procuram ouvir "os argumentos das diversas posições na sociedade,". Assim, o debate teve como palestrantes iniciais um companheiro do Movimento dos excluídos da argentina, Jeffrey Sachhs, assessor do presidente da ONU para temas sócio-econômicos, de uma professora Estadunidense especialista em educação,(esses dois com clara identidade neoliberal), um professor da universidade católica de Roma, que fez uma reflexão a partir da filosofia da educação, e do ex-primeiro Ministro da Itália, o sr. Proddi, com posições de centro-esquerda.
O seminário foi coordenado pelo Cardeal Turkson, do Senegal e presidente da Comissão Justiça e Paz
Depois seguiram-se os debates.
A realização do seminário sobre tema tão importante revelou por si só, como nas ultimas décadas o Vaticano estava ausente do interesse e dessa preocupação e que agora há mudanças! E as posições e argumentos desenvolvidas, procuraram chamar atenção das verdadeiras causas da situação de pobreza, desigualdade sócio-econômica, que tem no capitalismo a causa principal de tantos seres humanos excluídos do acesso aos seus direitos e às necessidades básicas.
Certamente, eles ainda terão muitos debates pela frente. E a publicação da Exortação apostólica do papa, que também se refere ao tema, será um estimulo ainda maior para que a "inteligentzia vaticana" siga pesquisando e compreendendo porque um bilhão de seres humanos passam fome todos os dias, por que há tantos trabalhadores desempregados e por que os camponeses, povos nativos, indígenas e pescadores estão sendo expulsos de suas comunidades pelo capital.
E, um dos encaminhamentos práticos já desse debate, que depois pudemos seguir articulando, através da Comissão de Justiça e paz do Vaticano, é de promovermos em 2014, um grande encontro de movimentos populares de todo mundo, para ai, sim levar a opinião dos próprios representantes dos trabalhadores excluídos e dos movimentos sociais, sobre a temática. Nas próximas semanas estaremos por tanto, construindo a realização dessa conferencia internacional de movimentos populares a se realizar no Vaticano, por convocação do Papa Francisco.
Mensagem do MST ao Papa
Aproveitei a oportunidade de estar no Vaticano, para levar duas mensagens ao Papa Francisco.
A Primeira, mais simbólica, nossa companheira Maritania Risso, assentada em Abelardo Luz-SC e artista popular preparou um belo quadro pintado com sementes.
A segunda, entreguei através de emissários próximos a ele, a carta que também.
A Abertura do Papa Francisco ao tema dos mais pobres, da desigualdade social, a sua critica contundente ao sistema financeiro e ao capitalismo, já demonstram importantes mudanças em curso no Vaticano. Assim como já estão provocando reações dos eternos defensores do capital, como por exemplo a campanha da CNN dos EUA.
O Emissário que entregou ao Papa as mensagens, disse que ele gostou muito, e, nos enviou rosários abençoados, como sua recordação pessoal.
E também o emissário gravou em seu celular a mensagem abaixo, em que o Papa se refere ao trabalho e aos membros da assembleia campesina.
Saí com a impressão de que o Papa terá muito trabalho pela frente, para fazer as mudanças necessárias, no Vaticano, no comportamento da Igreja. Mas sinto que os trabalhadores e os mais pobres terão um aliado importante na sua luta contra a opressão e a exploração.
abraços a todos e todas
João Pedro Stédile
FONTE: SGeral MST
Esses movimentos criminosos estão tentando convencer o Papa de sua legalidade. Ladrões de terras, dados ao banditismo para implantar um sistema comunista no Brasil. Ora, esse sistema já matou um mínimo de 100 MILHÕES DE PESSOAS! Nunca acreditaram em Deus e agora querem convencer os católicos? NUNCA!
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