No dia 28 de abril, próxima segunda-feira, a Comissão
Pastoral da Terra (CPT) lançará sua publicação anual, Conflitos no
Campo Brasil 2013. É a 29ª edição do relatório que reúne dados sobre os
conflitos e violências sofridas pelos trabalhadores e trabalhadoras do campo
brasileiro, neles inclusos os indígenas, quilombolas e outros povos
tradicionais. O lançamento se realizará na sede da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, a partir das 14h00.
Estarão presentes ao lançamento o presidente da CPT, Dom
Enemésio Lazzaris, os membros da coordenação executiva nacional da CPT, o
secretário da coordenação nacional da CPT, Antônio Canuto, representantes da
CNBB e o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Carlos Walter
Porto-Gonçalves. Dona Raimunda, posseira da Gleba Tauá, em Campos Lindos (TO),
ameaçada de morte por fazendeiros e empresários que se dizem donos das terras,
também irá participar do evento.
A ofensiva contra os indígenas
O relatório destaca o número de assassinatos em conflitos no
campo, 34, dois a menos que no ano anterior, quando foi registrado o
assassinato de 36 pessoas. O que chama a atenção em 2013 é que 15 dos 34
assassinatos registrados são de indígenas. São também indígenas 10 das 15
vítimas de tentativas de assassinato, e 33 das 241 pessoas ameaçadas de morte.
Em nenhum outro período desta publicação se tem registro semelhante.
Outro destaque de 2013 é o crescimento expressivo do número
de conflitos pela água. 32% a mais que em 2012.
Amazônia: principal palco dos conflitos
A Amazônia continua o principal palco dos conflitos. Nela se
concentram 20 dos 34 assassinatos, 174 das 241 pessoas ameaçadas de morte, 63
dos 143 presos, e 129 dos 243 agredidos. Das Populações Tradicionais que, em
2013, foram vítimas de algum tipo de violência, 55% se localizavam na Amazônia.
FONTE: CPT NACIONAL
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