Duas mil pessoas integrantes do Movimento Sem-Teto do Brasil (MSTB) que ocupam a área da fazenda do Glória, próximo ao bairro São Jorge, zona sul de Uberlândia, fizeram, na manhã desta segunda-feira (7), uma manifestação na porta da Prefeitura. Eles protestam contra a sentença da Justiça Federal que determinou a reintegração de posse imediata da área, publicada no dia 3 de abril.
A propriedade, que pertence à Universidade Federal de Uberlândia (UFU), está, desde 2012, em negociação para ser repassada à Prefeitura para que o município regularize a situação das 2,2 mil famílias que moram no local.
Segundo a Pastoral da Terra em Uberlândia, os advogados da entidade estão fazendo uma apelação da decisão da Justiça Federal.
Polícia Federal vai cumprir ordem judicial
O delegado chefe da Delegacia da Polícia Federal de Uberlândia, Carlos Henrique Cotta D’Ângelo, afirmou que, com a determinação judicial, a ordem agora é desocupar a área. “Vamos entrar agora em fase de negociação. Não vamos mais negociar se eles ficarão ou não no local, mas sim qual a forma menos traumática para a saída deles.” Ainda segundo o delegado, a Polícia Militar (PM) deve colaborar na reintegração da área de aproximadamente 62 hectares, localizada às margens da BR-050 e ocupada desde 2007.
UFU
A Universidade Federal de Uberlândia (UFU), afirmou, por meio de nota, que irá aguardar os próximos 15 dias, prazo dado para o MSTB para que seja feita a contestação sobre a decisão da Justiça. Ao mesmo tempo, a universidade também espera a “autorização favorável” para a venda do terreno a Prefeitura. Segundo a UFU, um documento informando a decisão do Conselho Universitário (Consun) sobre a venda da área foi enviado à Secretaria de Educação Superior (SESu) no dia 24 de fevereiro deste ano. Nele consta o pedido de autorização para negociação.
No início da noite, representantes da Prefeitura e UFU se reuniram e, de acordo com o vice-reitor da universidade, Eduardo Nunes Guimarães, ambos irão até Brasília para que haja um conversa no Ministério da Educação. O objetivo é mostrar o interesse do poder Municipal e da instituição em alienar a área, mas não há data estabelecida.
FONTE: CORREIO DE UBERLÂNDIA
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