O técnico do Ministério das Cidades, Antônio Vladimir Moura Lima, esteve fazendo uma visita técnica, no dia 28 de maio, na Ocupação Elisson Prieto, na região do Glória, em Uberlândia (MG). A área que pertence à Universidade Federal de Uberlândia (UFU) possui 62 hectares, e está ocupado pelo Movimento dos Sem Teto do Brasil, desde janeiro de 2012, e conta com 2300 famílias, pelo menos 15 mil pessoas moram na área. Um decreto da presidenta Dilma, para ser alienada e resolver a questão, desde a metade de 2014.
Os moradores se reuniram em assembléia, no local, e mesmo se tratando de uma tarde em um dia de trabalho, milhares de moradores deixaram seus serviços, para acompanhar o técnico do Ministério das Cidades. Nesse mesmo dia, na parte da manha, houve uma reunião na reitoria da UFU.
As famílias estão confiantes com uma solução rápida para a questão. Nesse caso, tanto a UFU, o governo federal e a prefeitura municipal de Uberlândia, estão de acordo e uma solução está prestes a ser concretizada.
Uma ação de reintegração de posse segue suspensa até o dia 27 de junho e a Justiça Federal espera a apresentação de uma proposta viável para a solução do impasse.
É bom lembrar que o direito de moradia, direito humano e garantido em nossa constituição, é das mais insistentes reivindicações dos movimentos urbanos, constituindo-se mesmo em principal reivindicação.
A Ocupação Elisson Prieto se soma com outras ocupações de terra urbana no município de
Uberlândia. No Brasil há uma crise urbana aguda em função do enorme deficit habitacional que ultrapassa 7 (sete) milhões de moradias. São o resultado da incapacidade das políticas públicas sociais de moradia em responder à uma demanda histórica. O Programa Minha Casa Minha Vida, mesmo sendo implementado não é capaz de acompanhar a demanda que resulta para realização desse direito.
Não existe uma política urbana que contenha os avanços do capital imobiliário e que seja capaz de fortalecer as políticas públicas de habitação de interesse social e de urbanização no país. Uberlândia não difere da realidade do avanço do capital especulativo urbano. Por isso, os sem teto em seus movimentos reagem à ideia da cidade como mercadoria.
A reforma urbana de verdade deve ser construída a partir da iniciativa do povo de periferia organizado. As ocupações de terras improdutivas, constrói o espaço urbano e a luta pelo direito à cidade e pela efetividade dos mecanismos de controle urbano do capital, vai ganhando força,
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