Denuncias de que houve um vazamento de ácido sulfúrico no tanque do Complexo Mineroquímico, da Vale Fertilizantes divulgado no site Araxá na Moral, foi confirmado no site do G1 Triângulo Mineiro. No G1, de 01/12/2015 se lê: "Por meio de nota, a Vale disse que a situação foi controlada e que não houve nenhum impacto ao meio ambiente ou a pessoas, mas não relatou qual foi o produto químico que vazou."
No site Araxá na Moral a denuncia é a seguinte: "A situação na estrutura dos tanques de ácido sulfúricodo Complexo Mineroquímico de Araxá tem preocupado funcionários da Vale Fertilizantes. Colaboradores da mineradora procuraram o site Araxá Na Moral nesta segunda-feira, 30, para denunciarem o aumento do vazamento de ácido mineral forte nas últimas horas. Segundo informações, um dos tanque já apresentava problemas estruturais há algum tempo, inclusive com vazamentos em pequenas proporções que, segundo técnicos da empresa, são considerados de índice normais . Neste fim de semana, os compartimentos estavam cheio e a quantidade de acido sulfúrico que vazou da estrutura aumentou consideravelmente." Ainda segundo esse site: "Nenhum acidente foi registrado, porém, a preocupação é quanto os danos ambientais causados. A maior possibilidade é quanto a contaminação do lençol freático e a mortandade de peixes em córregos e rios da região. Diretores da empresa estiveram no local nesta segunda-feira, 30, para avaliarem o problema."
Esse vazamento agrava ainda mais a situação das águas em Araxá. Há mais de 30 anos, um vazamento na Barragem 4, da CBMM - Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, que explora nióbio, em Araxá, contaminou as águas subterrâneas, cuja contaminação ainda não foi resolvida. De acordo com Nota Técnica número 1 da Fundação Estadual do Meio Ambiente -(FEAM) e do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), de julho de 2015, a concentração de metais pesados está seis vezes acima do permitido. A nota técnica FEAM / IGAM diz que os relatórios da CBMM não são suficientes e carecem de detalhamento e cálculos, que demonstrem suas afirmações; que o monitoramento da CBMM é inadequado e não suficiente; que existem mapas elaborados de maneira inadequada; que se constatam dados faltantes nos relatórios apresentados pela CBMM; que existem pendencias da CBMM em relação à pedidos da FEAM; que a técnica de remediação da contaminação de bário é questionável pela sua baixa eficiência e a própria remediação está gerando problemas, subprodutos das reações, que são contaminantes (sulfato, sódio e cloreto); essa Nota Técnica ainda ressalta que não são atendidas normas exigidas pela ABNT. (leia sobre isso em Complexo hidromineral de Araxá ameaçado: mineração contamina a água).
No caso da Vale fertilizantes, agora denunciado, difícil acreditar "que não houve nenhum impacto ao meio ambiente ou a pessoas", como diz a Vale em sua nota ao G1. Depois do crime cometido em Mariana, e todas as notas da Vale - BHP Billiton (Samarco), não dá para acreditar na Vale.
O presidente do Instituto Ambiental Araxás solicitou à SUPRAM MG a confirmação e maiores esclarecimentos sobre a ocorrência de vazamento na unidade da Vale Fertilizantes em Araxá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário