Em todo o Brasil, nesta sexta-feira (18), mais de 1 milhão e 350 mil pessoas foram às ruas dizer não ao golpe e sim para democracia. Foi marcante a presença da diversidade da população brasileira. O maior ato foi na avenida Paulista, em São Paulo; houve manifestações em todos os estados do País.
Em um artigo, publicado no mesmo dia das manifestações, Leonardo Sakamoto, em seu Blog, reflete: "Pelo menos dois grupos dividiam o mesmo espaço na manifestação, nesta sexta (18), na avenida Paulista, em São Paulo: os que apoiavam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores. E aqueles que não os apoiavam ou, pelo contrário, são críticos a eles, mas acreditam que tanto o impeachment quanto uma prisão de Lula não se sustentam com os elementos postos à mesa e significam uma esvaziamento das instituições democráticas." (Blog do Sakamoto)
Guilherme Boulos do MTST, no dia 17, véspera das manifestações, disse: "É preciso compreender o que está em jogo nesses dias tumultuados. Não se trata nem de defender o governo Dilma e muito menos de brecar as investigações de corrupção . Dilma decidiu por aplicar o programa derrotado nas urnas e encampar retrocessos em relação às políticas sociais, acreditando que atrairia o mercado. Conseguiu desagradar a todos e, com isso, criou a base social para o golpismo. Paga o preço de suas escolhas. Em relação às investigações, devem ser levadas adiante. Mas uma investigação que assegure as garantias constitucionais e que não escolha alvos politicamente. Sem linchamento, sem seletividade. O que está em jogo é deter uma ofensiva odiosa, que impõe o pensamento único e métodos de intolerância. O clima construído nas ruas é de caça às bruxas e não apenas contra o petismo. É contra a bicicleta vermelha, a “cara de petista” e a recusa em entoar seus gritos. Representa um risco real a liberdades democráticas. Aos que insuflam esta situação é sempre bom lembrar o destino de Carlos Lacerda após o golpe de 1964. Quem aposta na tática incendiária tem sempre o risco de ver o fogo sair do controle." (Pagina do MTST)
Guilherme Boulos do MTST, no dia 17, véspera das manifestações, disse: "É preciso compreender o que está em jogo nesses dias tumultuados. Não se trata nem de defender o governo Dilma e muito menos de brecar as investigações de corrupção . Dilma decidiu por aplicar o programa derrotado nas urnas e encampar retrocessos em relação às políticas sociais, acreditando que atrairia o mercado. Conseguiu desagradar a todos e, com isso, criou a base social para o golpismo. Paga o preço de suas escolhas. Em relação às investigações, devem ser levadas adiante. Mas uma investigação que assegure as garantias constitucionais e que não escolha alvos politicamente. Sem linchamento, sem seletividade. O que está em jogo é deter uma ofensiva odiosa, que impõe o pensamento único e métodos de intolerância. O clima construído nas ruas é de caça às bruxas e não apenas contra o petismo. É contra a bicicleta vermelha, a “cara de petista” e a recusa em entoar seus gritos. Representa um risco real a liberdades democráticas. Aos que insuflam esta situação é sempre bom lembrar o destino de Carlos Lacerda após o golpe de 1964. Quem aposta na tática incendiária tem sempre o risco de ver o fogo sair do controle." (Pagina do MTST)
Na manifestação em São Paulo, Lula discursou em cima de um carro de som, na avenida Paulista e reafirmou seu compromisso pela democracia. “O que vocês estão fazendo hoje na Paulista é uma lição sobre a capacidade do povo brasileiro”, disse o ex presidente.
Frei Rodrigo Péret, ofm
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