Neste dia 13, Francisco diante da assembléia Programa Mundial Alimentar da ONU, em Roma, sublinhou: "Os planos de ajuda e desenvolvimento são bloqueados pela burocracia, as armas circulam livremente". Pede ao mundo a capacidade de ser comover pela dor e lança uma hashtag no Twitter: #ZeroHunger (#FomeZero). O Papa conheceu programas contra a fome criados no Brasil, que inspiram o mundo inteiro.
Papa Francisco prestou homenagem à equipe da organização, inclusive aqueles que perderam suas vidas no desempenho de suas funções.
Acesse íntegra do discurso do Papa
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Francisco disse que é necessário “desnaturalizar a miséria”, deixando de considerá-la como um dado entre muitos outros da realidade, porque a miséria tem um rosto. "Não podemos «naturalizar» a fome de tantas pessoas; não nos é lícito afirmar que a sua situação é fruto dum destino cego contra o qual nada podemos fazer. Quando a miséria deixa de ter um rosto, podemos cair na tentação de começar a falar e discutir sobre «a fome», «a alimentação», «a violência», deixando de lado o sujeito concreto, real, que continua ainda hoje a bater às nossas portas. Quando faltam os rostos e as histórias, as vidas começam a transformar-se em números e assim, pouco a pouco, corremos o risco de burocratizar o sofrimento alheio."
O Papa denuncia a burocratização da fome: “Encontramo-nos assim perante um fenômeno estranho e paradoxal: enquanto as ajudas e os planos de desenvolvimento se vêem obstaculizados por intrincadas e incompreensíveis decisões políticas, por tendenciosas visões ideológicas ou por insuperáveis barreiras alfandegárias, as armas não; não importa a sua origem, circulam com uma liberdade jactanciosa e quase absoluta em muitas partes do mundo. E assim nutrem-se as guerras, não as pessoas. Nalguns casos, usa-se a própria fome como arma de guerra.”
Francisco faz um apelo pela “desburocratização da fome”, de tudo o que impede os planos de ajuda humanitária alcançarem os seus objetivos e destaca então o papel do Programa Mundial Alimentar: “Por esta razão, será muito importante que a vontade política de todos os países membros consinta e incremente decididamente a vontade efetiva de cooperar com o Programa Alimentar Mundial, para que este possa não só responder às urgências, mas também realizar projetos sólidos e consistentes e promover programas de desenvolvimento a longo prazo, segundo as solicitações de cada um dos governos e de acordo com as necessidades dos povos.”
O Papa Francisco afirmou, que: “Fiel à sua missão, a Igreja Católica quer trabalhar em concertação com todas as iniciativas que visam a salvaguarda da dignidade das pessoas, especialmente de quantas estão feridas nos seus direitos. Para se tornar realidade esta prioridade urgente da «fome zero», asseguro-vos todo o nosso apoio e sustentáculo para favorecer todos os esforços empreendidos.”
Com informações da Radio Vaticano, Bolletino Salla Stampa della Santa Sede, ONUBR Nações Unidas no Brasil
Com informações da Radio Vaticano, Bolletino Salla Stampa della Santa Sede, ONUBR Nações Unidas no Brasil
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