(Foto: Guilherme Santos/Sul21) |
1A saúde do Corpo Judiciário do Estado Brasileiro está ameaçada por uma doença grave, altamente contaminante, sobre a qual, a auto-consciência do próprio corpo ainda é incipiente, porém, crescente.
A auto-consciência
sobre a doença e seu estado em setores do Judiciário indicam que, se o vírus
que contamina e adoece partes do corpo não for controlado logo,
contaminará inevitavelmente todo o corpo. O vírus originante da doença
começa a ser identificado em suas causas e consequências e atende por vários
nomes: desrespeito à Constituição e às Leis, parcialidade, militância
partidária disfarçada ou ostensiva, utilização do Poder como instrumental de
perseguição política, supressão de garantias constitucionais sagradas
como amplo direito de defesa e presunção de inocência e, por derradeiro, ufanismo
público diante de um precário e momentâneo heroísmo midiático.
Este vírus vem
crescendo no Corpo Judiciário e pode carcamê-lo como um todo caso seu sistema
imunológico não seja acionado a tempo.
Com um sério
agravante: o estado adoentado do corpo judiciário está sendo observado por
setores cada vez maiores da população brasileira como se fosse um mega “big
brother” coletivo. E que não se enganem nem se iludam. A Globo não será capaz
de protegê-los porque os sistemas populares de comunicação se alastram dia a
dia e a própria vênus platinada quando perceber o movimentos das ondas
populares virando vagalhões não hesitará em jogar juízes queridinhos ao mar
para salvar sua audiência e seus lucros.
O que está colocado
neste quadrante da história é radical: se o Corpo Judiciário não se
auto-proteger do vírus dilacerador de suas entranhas, voltando a ocupar
disciplinadamente seu espaço e seu lugar, sua Missão Constitucional, legítima e
reconhecida, o povo brasileiro é que terá que encontrar meios de se proteger
dele. E aí será tarde para choros e ranger de dentes.
A vida é feita de
símbolos. O Poder Judiciário é um corpo vivo coletivo. Dia 24 de janeiro é um
símbolo importante. Não só a esperança do povo estará sendo julgada. O
Judiciário também vai a Júri Popular. Caso resolvam acionar o sistema
imunológico e interromper o alastre do vírus dilacerador do seu corpo,
recuperarão o respeito da sociedade.
Quem tiver ouvidos,
ouça.
FONTE: SUL21
(*) Frade Franciscano (Ordem dos Frades Menores), militante
do Movimento dos Pequenos Agricultores e Autor do livro “Trincheiras da
Resistência Camponesa”.
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