A mineradora de diamantes ZCDC aceita reunir com a população atingida e discutir as violações de direitos humanos e a questão do isolamento imposto aos que vivem na região de Marange, no Zimbabue. A seguir o informe do Centro de Governança de Recursos Naturais - CNRG*, que luta junto com os atingidos por direitos e contra os impactos da mineração de dimantes naquel país.
Após a demonstração de 23 de abril, dos atingidos pela mineração de diamentes, na região de Marange, no oeste do Zimbábue, a Companhia de Diamantes Consolidados do Zimbábue (ZCDC),
empresa estatal de mineração de diamantes em Marange pediu a uma reunião (Indaba) para discutir a situação de segurança
naquela região. Essa questão faz parte das reivindicações levantada
pela comunidade de Marange em uma petição apresentada conjuntamente com o CNRG, em 2 de março. A reunião proposta
envolverá importantes ministérios do governo, especialmente os do setor de
segurança, que têm um papel de garantir a segurança em Marange.
Essa decisão de se reunir foi revelada ao pessoal do CNRG pelo
Conselho e Diretoria do ZCDC em uma reunião realizada na sexta-feira 10 de maio, nos escritórios da ZCDC, em Harare. Na reunião, o CEO da ZCDC, Sr. Mpofu, disse
que tomou nota das três principais demandas do CNRG que ele reconheceu serem
muito consistentes:
1. Retirada de
Marange da Lei de Locais e Áreas Protegidas. O governo deve encontrar formas de
proteger os campos de diamantes sem aprisionar toda a comunidade.
2. Fim do uso da
violência e da tortura como punição aos garimpeiros
3.
Desenvolvimento tangível em Marange
Autoridades da
ZCDC disseram que, embora o item 1 esteja dentro do alcance do governo, a
empresa está analisando seriamente os itens 2 e 3, das demandas, acrescentando
que a ZCDC lançou uma proposta de investigação privada para sobre as alegações
de violência e tortura por guardas de segurança do ZCDC.
Eles também
pediram ao CNRG que apresentasse uma proposta para melhorar a segurança em
Marange sem nenhum dano colateral na comunidade.
O CNRG recebeu
com satisfação a oportunidade de discutir a situação de Marange com a Diretoria
e o Executivo da empresa e recomendou que a reunião em 2 de junho abra espaço para que a comunidade afetada fale abertamente e também faça recomendações
sobre o caminho a seguir.
É nossa sincera
esperança que a reunião ofereça o tão necessário alívio ao povo de Marange e
forneça uma solução duradoura para os desafios de segurança na área.
CNRG é membro da Rede Diálogo dos Povos
Fonte: CNRG (Farai Maguwu)
Nenhum comentário:
Postar um comentário