domingo, 27 de maio de 2018

Petroleiros anunciam greve de 72 horas a partir de quarta-feira

Redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha; a manutenção de empregos e retomada da produção interna de combustíveis; o fim da importação de derivados de petróleo; e a desmobilização do programa de venda de ativos promovido pela atual gestão da estatal. O comunicado que será enviado ainda neste sábado à empresa contesta também a presença de unidades das Forças Armadas em instalações da Petrobrás.

Por 72 horas os petroleiros cruzarão os braços a partir desta quarta feira dia 30. O anuncio foi feito pela Federação Unica dos Petroleiros (FUP). Os petroleiros reinvindicam a saída imediata de Pedro Parente, o fim da política de preços da gosolina e do gáz de cozinha, além de se posicionarem contra a privatização da Petrobras.

A greve se estenderá até as 23h59 do dia 1º de junho. Já neste domingo, 27, a troca de turnos será atrasada nas refinarias nas quais foram colocadas à venda participações, o que deve deixar a operação mais lenta. Foram incluídas no programa de desinvestimento a Rlam, na Bahia; a Abreu e Lima, em Pernambuco, a Refap, no Rio Grande do Sul, e a Repar, no Paraná.

Redução dos preços dos combustíveis é pauta dos petroleiros

A greve dos petroleiros é uma resposta à privatização da Petrobrás, que avança agora sobre as refinarias, fábricas de fertilizantes, terminais e dutos da Transpetro. O aumento dos preços da gasolina, do gás de cozinha e do diesel faz parte do pacote de desmonte que a empresa vem sofrendo nestes dois anos de golpe.


Por isso, a greve que a categoria fará tem como eixos principais a redução dos preços dos derivados de petróleo, a retomada da produção das refinarias e o fim das importações de combustíveis. Para atender aos interesses do mercado e das importadoras de combustíveis, a gestão Pedro Parente passou a determinar os preços dos derivados nas refinarias de acordo com a variação do barril de petróleo, sem estabelecer qualquer mecanismo de proteção para o consumidor e deixando o país ainda mais vulnerável às crises internacionais. Paralelamente a isso, ele reduziu a carga das refinarias, que estão operando com menos de 75% da capacidade. Na Bahia, por exemplo, a Rlam, maior refinaria do nordeste, está processando menos da metade da carga de petróleo que poderia estar refinando

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