Paulo VI, Giovanni Battista Montini, faleceu em 6 de agosto de 1978, na festa da Transfiguração do Senhor. Ele foi o papa que finalizou o Concílio Vaticano II, que havia sido inaugurado pelo
seu predecessor São João XXIII.
Ontem (5 de agosto), durante o Angelus, o
Papa Francisco recordou a figura de Paulo VI, chamando-o "o grande Papa da
modernidade".
"Há quarenta anos, o Beato Papa Paulo VI estava vivendo as suas últimas horas nesta terra. Morreu, de fato, na noite de 6 de agosto de 1978. Recordemos dele com muita veneração e gratidão, à espera da sua canonização, em 14 de outubro próximo. Do céu interceda pela Igreja, que tanto amou, e pela paz no mundo. Este grande Papa da modernidade, o saudemos com um aplauso, todos!”
Paulo VI foi um papa ligado às questões de Justiça e Paz.
Em 1967, 15 meses depois de terminado o
Concílio Vaticano II, Paulo VI lançou sua Encíclica sobre o Desenvolvimento dos
Povos (Populorum Progressio), na qual faz uma dura crítica ao capitalismo liberal:
[…] construiu-se um sistema que considerava o lucro
como motor essencial do progresso econômico, a concorrência como lei suprema da
economia, a propriedade privada dos bens de produção como direito absoluto, sem
limite nem obrigações sociais correspondentes. Este liberalismo sem freio
conduziu à ditadura denunciada com razão por Pio XI, como geradora do
"imperialismo internacional do dinheiro".
Dois meses antes Paulo VI criou a “Comissão Pontifícia Justiça e Paz”,
com representantes de todos os continentes, na mesma mensagem em que criava o
“Conselho dos Leigos”. O Conselhos dos Leigos foi proposta do decreto de Concílio Vaticano II sobre o apostolado dos leigos: Apostolicam Actuositatem, n. 26.
Estabeleceu como função da Comissão Justiça e Paz o “estudo dos grandes problemas da justiça social, com vistas ao desenvolvimento das nações jovens e especialmente quanto à fome e à paz no mundo”. Ele assim colocava em prática a Constituição Pastoral Gaudium et Spes, n.90, do Concílio Vativano II, que indicou que julgava “muito oportuna a criação de um organismo da Igreja universal, com o fim de despertar a comunidade dos católicos para que promovam o progresso das regiões indigentes e a justiça social entre as nações”.
Estabeleceu como função da Comissão Justiça e Paz o “estudo dos grandes problemas da justiça social, com vistas ao desenvolvimento das nações jovens e especialmente quanto à fome e à paz no mundo”. Ele assim colocava em prática a Constituição Pastoral Gaudium et Spes, n.90, do Concílio Vativano II, que indicou que julgava “muito oportuna a criação de um organismo da Igreja universal, com o fim de despertar a comunidade dos católicos para que promovam o progresso das regiões indigentes e a justiça social entre as nações”.
Paulo VI nasceu em 1897 e Exerceu
o seu ministério sacerdotal durante 58 anos. Foi ordenado em 29 de maio de 1920.
Doutor em filosofia, direito
civil e direito canônico, serviu a diplomacia da Santa Sé e a pastoral
universitária italiana, e a partir de 1937, foi colaborador direto do Papa Pio
XII. Durante a II Guerra Mundial
trabalhou no Vaticano com os refugiados e os judeus.
Após o conflito, em 1954, foi
nomeado arcebispo de Milão. Foi criado cardeal pelo Papa João XXIII em 1958, e
participou nos trabalhos preparatórios do Concílio Vaticano II. Cinco anos
depois, em 21 de junho de 1963 foi
eleito Papa.
Foi o primeiro Papa que visitou a
Terra Santa. Em Jerusalém, em 1964, encontrou-se com o patriarca ortodoxo
Atenágoras I e celebraram juntos o levantamento das mútuas excomunhões impostas
depois do Grande Cisma entre o Oriente e o Ocidente, em 1054. O Papa Francisco
visitou a Terra Santa em 2014 para celebrar os 50 anos deste acontecimento.
Paulo
VI escreveu sete encíclicas, entre as quais a ‘Humanae vitae’ (1968) sobre o
controle da natalidade, e a ‘Populorum Progressio’ (1967) que abrange o
desenvolvimento dos povos.
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