“Nos próximos anos, as Pastorais Sociais
terão um papel muito importante na defesa da justiça social no Brasil e de
serem, de fato, uma presença de Igreja na defesa dos direitos dos povos
empobrecidos”, a avaliação é do bispo de Lajes (SC), dom Guilherme Werlang,
presidente da Comissão Episcopal Pastoral da Ação Social Transformadora da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
Esta avaliação se deu após uma análise e
projeção dos cenários pós eleições 2018 realizada pelos bispos, assessor e
secretária em reunião da Comissão para Ação Transformadora realizada nesta
terça-feira, 11/12, na sede da CNBB, em Brasília (DF).
O presidente da Comissão afirmou que o
aumento da pobreza é uma tendência mundial e brasileira. “Não queremos ser
pessimistas, mas alguns indicativos nos mostram um possível aumento da pobreza,
da miséria absoluta. Os números atuais estão mostrando esta tendência”, disse
dom Guilherme.
Outro ponto, bastante preocupante na
avaliação do bispo, é uma tendência que está se fortalecendo nos discursos dos
candidatos eleitos a cargos executivos e legislativos à criminalização dos
movimentos e lutas, das pastorais e dos líderes sociais. “Temos muitas
preocupações com a justiça com as próprias mãos que não passa pela justiça
institucional”, disse.
Pontos
da pauta –
Na pauta, além da projeção dos cenários futuros, os participantes discutiram a
realização da 6ª Semana Social Brasileira, avaliaram as ações deste ano, a
sustentabilidade financeira dos projetos financeiros e os próximos passos do
Census. Dom Guilherme ressalta como positivo a grande renovação das
lideranças das pastorais sociais nos regionais e nacionalmente. Isto, segundo
ele, é fruto de um processo que a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação
Social Transformadora vem fazendo com reuniões periódicas, aprofundamentos e
estudos da doutrina social da Igreja entre bispos e lideranças que acompanham
as pastorais sociais.
A Comissão está se preparando para a 57ª
Assembleia Geral dos Bispos do Brasil a ser realizada em maio de 2019, em
Aparecida (SP). O grupo está levantando possíveis nomes, entre um grupo de
cerca de 40 bispos que acompanham a caminhada das Pastorais Sociais no Brasil,
para assumir a presidência dos trabalhos da Comissão. Haverá também uma
renovação dos bispos que a integram.
O grupo se reúne ainda em março de 2019
para conclusão da avaliação final da ação, incluindo a ação dos Grupos de
Trabalho que coordena e planejar os próximos passos. “Faremos uma avaliação
final do mandato como um todo e alguns encaminhamentos para o ano de 2019.
Vamos deixar encaminhado de fato a programação até dezembro de 2019.
Logicamente que quem for eleito poderá fazer as modificações que achar
necessárias”, disse.
FONTE: CNBB
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