As Pastorais Sociais e organismo, CPT (Comissão Pastoral da Terra), CPP (Conselho Pastoral dos Pescadores), Cáritas Brasileira Regional Minas Gerais e CIMI (Conselho Indigenista Missionário), do estado de Minas Gerais, reuniram-se em Paracatu nos dias 21 e 22 de março, assumiram o compromisso de articularem no âmbito da rede Latino Amaricano Iglesias y Mineria, criando um nó desta rede em Minas Gerais.
Carta Aberta
A proteção ambiental não pode ser assegurada somente com base
no cálculo financeiro de custos e benefícios. O ambiente é um dos bens que os
mecanismos de mercado não estão aptos a defender ou a promover adequadamente.
Será realista esperar que quem está obcecado com a maximização dos lucros se
detenha a considerar os efeitos ambientais que deixará às próximas gerações?”
Papa
Francisco, Laudato Sí, n.190
As Pastorais Sociais
e organismo, CPT (Comissão Pastoral da Terra), CPP (Conselho Pastoral dos
Pescadores), Cáritas Brasileira Regional Minas Gerais e CIMI (Conselho
Indigenista Missionário), do estado de Minas Gerais, reuniram-se em Paracatu
nos dias 21 e 22 de março, para escutar o grito da Mãe Terra e da Irmã Água,
trocar experiências de resistências e alternativas ao chamado modelo minerário
e refletir sobre os desafios que temos
como cristãos frente aos múltiplos problemas que sofrem as comunidades com o
impacto da mineração. Assumimos o compromisso de nos articularmos no âmbito da
Rede Igrejas e Mineração.
A Rede Latino-americana
Iglesyas y Mineria é uma coalização
de mais de 70 entidades latino-americanas que enfrentam o desafio comum dos
impactos e violações de direitos socioambientais provocados pelas empresas
mineradoras nos territórios.
Em mais de 300
anos de história de extração nas regiões das Minas Gerais o conflito da
mineração continua sendo uma constante. O setor da Mineração é voltado para as
exportações de grande escala, com grande presença de capital especulativo e
financeiro, que impõe os ritmos e as taxas de extração.
Esse setor estabelece uma crescente captura corporativa das estruturas e
ações do Estado, como por exemplo o desmantelamento da legislação e da proteção
socioambiental, a impunidade, a reconfiguração dos territórios, a minero-dependência
reduzindo e enfraquecendo as economias
locais e a degradação das condições de trabalho nas minas. O setor minerário
sempre desconsiderou e violou direitos das populações dos territórios, agindo
de forma criminosa em relação às pessoas e ao meio ambiente, como nos casos da Vale
/ Samarco / BHP Billiton (Mariana e Brumadinho), Kinross (Paracatu) com a contaminação
de arsênio, CBMM (Araxá) com a contaminação de bário, Anglo American com o Projeto
Minas Rio, Votorantim com a contaminação de zinco e chumbo e outros. Esses
crimes não são exceções, mas características do modelo minerário.
Diante desse
contexto aprofundamos nosso compromisso ativo em defesa da CASA COMUM e a
partir dos trabalhos que já desenvolvemos, criamos o “nó” da rede: a Rede Igrejas e Mineração Minas Gerais.
Assumimos o
compromisso de trabalhar a formação, comunicação e fortalecer as iniciativas
locais; ampliar o diálogo com as instituições eclesiais e movimentos da
sociedade civil que atuam em defesa da vida e das comunidades atingidas pela
mineração.
Paracatu, Dia Mundial da Água, 22 de março de 2019.
Parabenizo vocês pelo encontro e a decisão, muito importante! Só a solidariedade vencerá essa terra sem lei e sem justiça!
ResponderExcluirMaravilhoso! Iniciativa de alta qualidade e integridade!
ResponderExcluirParabéns a todos os envolvidos nesta iniciativa. Só a união entre as pessoas e entidades promoverá mudanças fundamentais para alterar o Modelo Econômico de Gestão. Não existe Desenvolvimento Sustentável sem considerar pessoas e natureza.
ResponderExcluirsempre haverá esperança,quando se vê um grupo como este tomando decisões como estas.Parabéns!
ResponderExcluirForça à tds q estão em defesa da cada comum isto é q nosso Pai quer q façamos.Como participar ou essa equipe é fechada? Que Deus ajude e dê força a tds
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