Abriu-se hoje a Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a região Pan-Amazônica, de 6 a 27 de outubro, no Vaticano, em Roma. Como preparação, foram realizadas 57 assembleias, 21 fóruns nacionais, 17 fóruns temáticos e 179 rodas de conversa. No Brasil, foram realizadas 182 atividades. Como fruto desta escuta, a secretaria-executiva do Sínodo elaborou o Instrumentum Laboris (Instrumento de Trabalho) do Sínodo Amazônico, material a ser estudado pelos bispos como preparação ao evento.
Na missa abertura celebrada na manhã deste domingo (06/10) na Basílica de São Pedro, reafirmo a intenção da Igreja de caminhar juntos com os povos da Amazônia: “Muitos irmãos e irmãs na Amazônia carregam cruzes pesadas e aguardam pela consolação libertadora do Evangelho, pela carícia de amor da Igreja. Por eles, com eles, caminhemos juntos”. Disse ainda, que a Igreja deve evitar "novos colonialismos": "Quando pessoas e culturas são devoradas sem amor e respeito - enfatizou o Papa Francisco - não é o fogo de Deus, mas o fogo do mundo. No entanto, quantas vezes o presente de Deus não foi oferecido, mas imposto, quantas vezes houve colonização ao invés de evangelização! Deus nos preserva da ganância dos novos colonialismos ". "O fogo causado por interesses destruidores, como o que devastou recentemente a Amazônia, não é o do Evangelho", acrescentou o papa. "O fogo de Deus é o calor que atrai e reúne a unidade. É nutrido por compartilhar. , não com ganhos. O fogo devorador, por outro lado, acende quando queremos levar adiante apenas nossas próprias idéias, formar nosso próprio grupo, queimar a diversidade para aprovar tudo e todos ", concluiu Francesco.
“Muitos irmãos e irmãs na Amazônia carregam cruzes pesadas e aguardam
pela consolação libertadora do Evangelho, pela carícia de amor da Igreja. Por
eles, com eles, caminhemos juntos”, disse o Papa Francisco na missa de abertura
da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica,
celebrada na manhã deste domingo (06/10) na Basílica de São Pedro
Vatican News - Raimundo de Lima - Cidade do
Vaticano
“Reacender o dom no fogo do Espírito é o oposto de
deixar as coisas correr sem se fazer nada. E ser fiéis à novidade do Espírito é
uma graça que devemos pedir na oração. Ele, que faz novas todas as coisas, nos
dê a sua prudência audaciosa; inspire o nosso Sínodo a renovar os caminhos para
a Igreja na Amazônia, para que não se apague o fogo da missão.”
Foi o que disse o Papa Francisco na missa celebrada na
manhã deste domingo (06/10) na Basílica de São Pedro, na abertura da Assembleia
Especial do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica, evento eclesial que
se realizará no Vaticano até o dia 27 deste mês, com o tema “Amazônia: novos
caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”.
No início da celebração, a longa procissão de entrada
com os 185 padres sinodais, 58 do Brasil. Na assembleia, também representantes
de comunidades indígenas. A Eucaristia foi concelebrada com os treze novos
cardeais, criados no Consistório presidido pelo Santo Padre no sábado à tarde.
Fazer Sínodo, caminhar juntos
Dirigindo-se aos padres sinodais, bispos provenientes
não só da região Pan-Amazônica, mas também de outras regiões, Francisco,
referindo-se à segunda carta de São Paulo a Timóteo proposta nesta liturgia do
XXVII Domingo do Tempo Comum, ressaltou que o apóstolo Paulo, o maior
missionário da história da Igreja, ajuda-nos a ‘fazer Sínodo’, a ‘caminhar
juntos’; e que “parece dirigido a nós, Pastores ao serviço do povo de Deus,
aquilo que escreve a Timóteo”, observou.
Recebemos um dom, para sermos dom, disse o Pontífice,
acrescentando:
“Um dom não se compra, não se troca
nem se vende: recebe-se e dá-se de prenda. Se nos apropriarmos dele, se nos
colocarmos a nós no centro e não deixarmos no centro o dom, passamos de
Pastores a funcionários: fazemos do dom uma função, e desaparece a gratuidade;
assim acabamos por nos servir a nós mesmos, servindo-nos da Igreja.”
A nossa vida, dom recebido, é para servir, continuou.
“Colocamos toda a nossa alegria em servir, porque fomos servidos por Deus:
fez-Se nosso servo. Queridos irmãos, sintamo-nos chamados aqui para servir,
colocando no centro o dom de Deus”, exortou Francisco.
Dom que recebemos é amor ardente a Deus e aos irmãos
Para sermos fiéis a este chamado, à nossa missão,
enfatizou, “São Paulo lembra-nos que o dom deve ser reaceso. O verbo usado é
fascinante: reacender é, literalmente, ‘dar vida a uma fogueira’”, explicou o
Papa. “O dom que recebemos é um fogo, é amor ardente a Deus e aos irmãos. O
fogo não se alimenta sozinho; morre se não for mantido vivo, apaga-se se a
cinza o cobrir.”
Passar da pastoral de manutenção a uma pastoral
missionária
Em seguida, o Pontífice fez uma premente exortação aos
Pastores a serviço do povo de Deus:
“A Igreja não pode de modo algum
limitar-se a uma pastoral de “manutenção” para aqueles que já conhecem o
Evangelho de Cristo. O ardor missionário é um sinal claro da maturidade de uma
comunidade eclesial. Jesus veio trazer à terra, não a brisa da tarde, mas o
fogo. O fogo que reacende o dom é o Espírito Santo, doador dos dons.”
Deus nos preserve da ganância de novos colonialismos
O fogo de Deus, como no episódio da sarça ardente,
arde mas não consome). É fogo de amor que ilumina, aquece e dá vida; não fogo
que alastra e devora. “Quando sem amor nem respeito se devoram povos e
culturas, não é o fogo de Deus, mas do mundo. Contudo quantas vezes o dom de
Deus foi, não oferecido, mas imposto! Quantas vezes houve colonização em vez de
evangelização! Deus nos preserve da ganância dos novos colonialismos.”
“O fogo ateado por interesses que
destroem, como o que devastou recentemente a Amazônia, não é o do Evangelho. O
fogo de Deus é calor que atrai e congrega em unidade. Alimenta-se com a
partilha, não com os lucros.”
Francisco exortou a reacender o dom; receber a
prudência audaciosa do Espírito, fiéis à sua novidade, acrescentando que o
anúncio do Evangelho é o critério primeiro para a vida da Igreja.
Irmãos amazônicos aguardam consolação do Evangelho
Convidando a olhar juntos para Jesus Crucificado, para
o seu coração aberto por nós, o Santo Padre concluiu com mais uma exortação:
“Muitos irmãos e irmãs na Amazônia carregam cruzes pesadas e aguardam pela
consolação libertadora do Evangelho, pela carícia de amor da Igreja. Por eles,
com eles, caminhemos juntos”.
Quanto avrei voluto partecipare al Sinodo almeno come uditore. E' una grande GRAZIA per L'Amazonia e per il Mondo Tutto.
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