Enquanto permanecer a impunidade, um Estado capturado pelo setor da mineração, um sistema de acordos espúrios, que submete as vítimas à vontade da Vale, essa organização criminosa (Vale) continuará impune, controlando o território do crime, num verdadeiro escárnio e desrespeito à dignidade das pessoas atingidas.
Ao se comprometer a remunerar seus acionistas, com os juros sobre o capital, referentes ao ano de 2019, depois de matar 272 pessoas, destruir meios de subsistência de centenas de outras, e matar o rio Paraopeba, afetando milhares de pessoas e a natureza, a Vale manifesta ostensivo desdém ao estado de direito e ao seu dever de reparação. Ao estado, em suas diferentes instancias de poder, cabe assumir sua responsabilidade e terminar com essa perversa lógica e deixar de ser cúmplice, de um crime que ainda não terminou.
Leiam a reportagem da Folha UOL
Da: Folha UOL
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Vale vai distribuir mais lucro entre acionistas do que
indenizações para vítimas de Brumadinho
Da: Folha UOL
A Vale vai remunerar seus acionistas em R$ 7,25 bilhões, na forma de juros sobre capital próprio, referentes ao ano de 2019. O valor supera o total gasto pela companhia nos reparos do rompimento da barragem de Brumadinho (MG).
A empresa não disse quando o dinheiro será creditado aos acionistas, já que continua valendo a decisão de suspender os pagamentos de dividendos, anunciada em 27 de janeiro, dois dias após a tragédia.
A Vale estima que, ao fim de 2019, terá desembolsado com reparação, indenizações e despesas pelo desastre US$ 1,6 bilhão (R$ 6,55 bilhões).
A provisão relacionada a Brumadinho até 2031 é de US$ 8 bilhões (R$ 32,75 bilhões), valor que inclui a reincorporação de nove barragens da mineradora ao relevo e ao ambiente (descaracterização).
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