O Papa Francisco entregou sua Cruz peitoral, para a comunidade de Brumadinho, através de seu enviado o Monsenhor Bruno Marie Duffè, que esteve em visita àquele município, atingido pelo crime da Vale. A entrega ocorreu no dia18 de maio, durante atividades do Sábado da Compaixão e da Solidariedade: Visita e Celebração da Esperança em Brumadinho (Córrego do Feijão, Parque da Cachoeira e Igreja Matriz de Brumadinho).
Essa cruz irá passar por cada família das comunidades de Brumadinho e após ficará esposta no memorial que será construído pela Arquidiocese.
Essa cruz irá passar por cada família das comunidades de Brumadinho e após ficará esposta no memorial que será construído pela Arquidiocese.
O monsenhor Duffé, Secretário do Vaticano para Desenvolvimento Integral esteve em Brumadinho, reafirmou o compromisso do Vaticano em permanecer no apoio às comunidades que defendem seus territórios frente à mineração, ao transmitir a mensagem de solidariedade do Papa Francisco aos familiares das vítimas do rompimento da Barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho. Fez, também, severas críticas ao liberalismo que tem o dinheiro como prioridade, deixando as pessoas e a natureza em segundo plano, o que resulta em ocorrências como as dos crime em Mariana e Brumadinho. Afirmou ainda que as populações não podem viver em um clima de insegurança e de irresponsabilidade, como nos casos de eminência de rompimento de barragens, na região metropolitana de Belo Horizonte. Citou explicitamente, o já anunciado colapso de talude da cava da mina de Congo Soco, município de Barão de Cocais, que poderá resultar no rompimento da barragem Sul Superior daquela mina.
Durante a visita à comunidade de Córrego do Feijão, Monsenhor Duffé ouviu testemunhos de fiéis que perderam familiares e seus meios de vida em consequência do rompimento da barragem. Emocionado, partilhou: “consigo imaginar a dor do povo de Brumadinho e trago, a pedido do Papa, uma mensagem de esperança. Crendo que, no Córrego do Feijão, está o coração da Igreja e da humanidade”. O Monsenhor convidou o povo de Brumadinho a se tornar “profeta que anuncia um tempo novo, que consola e lutam por um mundo mais justo, combatendo a ganância”.
Na comunidade do Córrego do Feijão Vale bloqueou a procissão, com o representante do Papa, impedindo a chegada junto à lama. Um momento forte que revelou um Estado capturado pela empresa, uma organização criminosa, que controla a cena do crime e o território. Triste realidade, onde a lama que desceu sem pedir licença, matando pessoas, destruindo meios de vida e a natureza.
Duffé afirmou: “É muito importante começar pensando na proteção da vida, porque não é possível pensar no futuro, não é possível desenvolver um novo paradigma, um novo modelo, disse o Papa Francisco. E não é possível que a lei seja a lei do dinheiro e só do dinheiro”.
Presente durante a visita o Dom Sebastião, bispo de Caxias no Maranhão, presidente do GT de MIneração da CNBB.
Presente durante a visita o Dom Sebastião, bispo de Caxias no Maranhão, presidente do GT de MIneração da CNBB.
Representante do Papa participou de Seminário na PUC
Monsenhor Duffé esteve na PUC Minas, em Belo Horizonte no dia 17 de maio, quando participou do Seminário: A Mineração e o Cuidado com a Casa Comum. O evento debateu a missão da Igreja Católica na defesa da Casa Comum e seu necessário posicionamento frente ao modelo econômico extrativista.
Dom Walmor, recém eleito presidente da CNBB, viajou de Honduras, onde participava da Assembleia Geral do Conselho Episcopal Latino Americano para presidir o evento. O Arcebispo destacou a relevância da iniciativa e sua sintonia com Carta Encíclica do papa Francisco, Laudato Si, que trata do desafio de cuidar da casa comum: “Esse Seminário tem altíssima relevância, pela importância do tema, pelos desafios que nós enfrentamos com o meio ambiente, a exigência do cuidado com a Casa Comum. Tem grande importância porque entrelaça corações e mentes na mesma direção – o coração da Arquidiocese de Belo Horizonte e o coração do Papa Francisco- por meio da presença do monsenhor Bruno-Marie Duffé, do Pontifício Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral -, com os muitos grupos religiosos e segmentos da sociedade. Somos todos nós, juntos, nos dando as mãos e nossos corações, para fazermos um novo caminho, que é tão necessário, se quisermos um desenvolvimento integral , se desejarmos um desenvolvimento sustentável”.
O Arcebispo, anunciou ainda que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pretende criar uma Comissão Episcopal para tratar de assuntos referentes ao meio ambiente e desenvolvimento, em especial a mineração, com foco no diálogo da Igreja com setores da sociedade, com o Poder Legislativo e outras instâncias. A notícia foi recebida em grande otimismo por todos os presentes, e em particular, pelo atual presidente do Grupo Trabalho de Mineração da CNBB, dom Sebastião Lima Duarte, que destacou a sensibilidade de dom Walmor no tratamento dessa questão.
O bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte e reitor da PUC Minas, dom Joaquim Mol , falou sobre a Missão da Igreja -novos caminhos frente à mineração, em Minas Gerais e no Brasil. O Bispo ressaltou que evangelizar é o anúncio e o testemunho da mensagem central de Jesus, o Reino de Deus, que Ele anunciou, que é dom e precisa ser sinalizado pelas nossas práticas de vida: “Evangelizar é anunciar o Reino que deve penetrar todas as realidades humanas, sociais, ambientais, políticas e culturais com os valores que Jesus anunciou. E Evangelizar em um mundo de mineração, significa evangelizar em um mundo de extrema agressão humana e ambiental”. O bispo lembrou que, assim como em Minas Gerais, essa realidade é secular e comum a muitos outros estados do País. Dom Mol cobrou, ainda, a responsabilização dos gestores que permitem a ocorrência de tragédias como a de Mariana e a de Brumadinho.
Frei Rodrigo de Castro Amédée Péret, que integra o Grupo de Trabalho da CNBB sobre Mineração fez uma exposição a respeito do tema “O cenário da mineração em Minas Gerais e no Brasil: Rede Igrejas e Mineração”. A articuladora social da Arquidiocese de Belo Horizonte, e moradora de Brumadinho , Marina Oliveira, apresentou sua vivência nas múltiplas realidades sociais, em Brumadinho. O Promotor de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais André Sperling falou sobre as estratégias utilizadas pelas mineradoras para dividir as Comunidades. As Políticas Públicas em defesa dos territórios e das comunidades foi o tema da exposição da defensora pública Caroline Morishita , da Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais.
A visita terminou com a celebração da eucaristia e a mémoria dos mortos.
O bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte e reitor da PUC Minas, dom Joaquim Mol , falou sobre a Missão da Igreja -novos caminhos frente à mineração, em Minas Gerais e no Brasil. O Bispo ressaltou que evangelizar é o anúncio e o testemunho da mensagem central de Jesus, o Reino de Deus, que Ele anunciou, que é dom e precisa ser sinalizado pelas nossas práticas de vida: “Evangelizar é anunciar o Reino que deve penetrar todas as realidades humanas, sociais, ambientais, políticas e culturais com os valores que Jesus anunciou. E Evangelizar em um mundo de mineração, significa evangelizar em um mundo de extrema agressão humana e ambiental”. O bispo lembrou que, assim como em Minas Gerais, essa realidade é secular e comum a muitos outros estados do País. Dom Mol cobrou, ainda, a responsabilização dos gestores que permitem a ocorrência de tragédias como a de Mariana e a de Brumadinho.
Frei Rodrigo de Castro Amédée Péret, que integra o Grupo de Trabalho da CNBB sobre Mineração fez uma exposição a respeito do tema “O cenário da mineração em Minas Gerais e no Brasil: Rede Igrejas e Mineração”. A articuladora social da Arquidiocese de Belo Horizonte, e moradora de Brumadinho , Marina Oliveira, apresentou sua vivência nas múltiplas realidades sociais, em Brumadinho. O Promotor de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais André Sperling falou sobre as estratégias utilizadas pelas mineradoras para dividir as Comunidades. As Políticas Públicas em defesa dos territórios e das comunidades foi o tema da exposição da defensora pública Caroline Morishita , da Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais.
Um
momento de comoção e fé marcou o Seminário, quando um grupo de índios da etnia
Pataxó, fez uma oração em sua língua de origem – da família maxakali, tronco
macro-jê. Hoje, eles estão com a vida na aldeia comprometida, em razão da
poluição das águas do rio Paraopeba, atingidas pelos dos rejeitos de
minério da barragem da Vale .
A visita terminou com a celebração da eucaristia e a mémoria dos mortos.
É nesta Igreja e missão que eu acredito.
ResponderExcluirQue alento a esta e outras comunidades atingidas pela voracidade das mineradoras.
ResponderExcluirPara que outros Bispos aprendam com os gestos de Francisco e ecoem sua prática em sua Diocese e Comunidades.
ResponderExcluirFrancisco, vai e reconstrói a minha Igreja!
ResponderExcluirEstá sim é a verdadeira Igreja de Jesus Cristo
ResponderExcluirIgreja religião é o sermão da montanha e a postura e direção do papa Francisco caminha na direção certa. Louvado seja nosso senhor Jesus Cristo.
ResponderExcluirJESUS CRISTO,Sempre nos surpreende,através de uma presença humana🙏🙏
ResponderExcluirEstá é a postura que a Igreja deve ter diante dos problemas que afligem o povo, independente da crença que professam.
ResponderExcluirPapa francisco: uma luz na Igreja.
ResponderExcluirEsta é a Igreja que o Papa Francisco quer Igreja de Saida
ResponderExcluirAmém!
ExcluirCristo Vive,Cristo Reina, Cristo Impera. Viva Nosso Senhor Jesus Cristo👏👏
ResponderExcluirEsta é a verdadeira Igreja ao lado dos mais pobres que foram atingidos pelo crime impune até agora da mineradora Vale que privatizada pelos liberais de fachada passou a priorizar o lucro em vez da vida humana .
ResponderExcluirPapa Francisco está conduzindo perfeitamente a Igreja de Jesus.
ResponderExcluirFrancisco está reconstruindo a Igreja de Jesus.
Papa Francisco verdadeira luz para as nações.
ResponderExcluirQue este gesto generoso do nosso representante da igreja, traga alento para todas as famílias atingidas nesta tragedia.
ResponderExcluirGratidão papa Francisco que Deus o conserve assim...coração generoso e que se preocupa com o nosso Planeta, casa comum.abraço fraternal.
ResponderExcluirEssa e averdadeira igreja teetemunho vivo homem de Deus
ResponderExcluirBom fico felis por que logo Deus fas se presente em meio à tanto descaso feito por pesoas sem um pingo de amor e espiritualidade é Deus presente na pessoa Do nosso PaPa Francisco que Deus abencoi todo estes nossos irmaos
ResponderExcluirGestos que de fato expressam a condução de Deus na história.Parabéns pelas manifestações, seminário e celebração Eucarística. Estes gestos fortalecem e encorajam as vítimas.DEUS os abençõe!
ResponderExcluirGostaria do contato destes indígenas
ResponderExcluirSou naxajali em descoberta
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